Marco Vilane

Lamento

Marco Vilane


Meu lamento 
É peito que vive de mal costume
Amor de sentir ciúme
Poesia que rima demais

Meu lamento 
É tudo que é tempestade virar ribanceira
É o peixe subir corredeira 
Com a morte subindo atrás

Meu lamento
É água que pro meu povo nem chega na lata
É saudade que maltrata
De uma chuva que não cai

Meu lamento
Ainda é Hiroxima e Nagasak
Que pra bolsa de Nasdaq
Tanto fez ou tanto faz

Meu lamento 
É choro num coro de vozes cansadas
Ver a lua só de madrugada
No baralho existir pouco Ás

Meu lamento 
É barco que partiu bem de leve e veloz
Se hoje choro não tá nesse barco
Algum dia alguém chora por nós.

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy