Junto às margens da babilônia Nos assentávamos e chorávamos, traspassados e feridos Quem é que não pode ver nossos velhos desonrados, tão cansados, apagados da memória Lindas moças, nossas mães, todas elas tosquiadas, ansiosas? Quem protegerá? O amanhã de quem será? Nossos pequeninos choram: Não há pão, nenhum sorriso que alimente sua pobre infância Junto às margens da babilônia Nos assentávamos e chorávamos Não há canto de alegria Nós nascemos forasteiros, nós vivemos sempre escravos e é certo: Morreremos estrangeiros! A menos que seja verdade: O socorro tão falado pelos velhos O promessa tão sonhada entre as moças A história que preenche de esperança nossos filhos Junto às margens da babilônia Nos assentávamos e chorávamos Quem pecou levado foi ao cativeiro pra chorar Pra morrer A menos que