O pato dorme no chão No poleiro ele não sobe Cachorro que muito late A maioria não morde O leão é o rei da selva Com os coelhos tu não pode É igual minha viola Para violeiro gabola No meu verso eu dou escola No batido do pagode Já me fizeram macumba Prepararam até veneno Para quebrar meu talento Eles tão sempre querendo Mas eu tenho santo forte No fim acabei vencendo Nesta guerra de poesia Faço letra e melodia Minha viola quebra magia Feiticeiro sai correndo Com violeiro gargantudo Fomos tirar um duelo Entraram nos atacando Igual onça no vitelo No final dessa disputa Nosso aplauso foi mais belo Com a bagagem que eu carrego Quando na viola eu pego Nosso rival vira prego E nós vira dois martelo Já enfrentamos tempestade Chuva mansa e garoa Nós estamos aqui de pé Nós dois não desacorçoa Nosso peito é firme e forte E as vozes não desentoa Sempre firme no compasso Com esse pinho nos braços Nossa viola é um laço Só laçamos gente boa