Pare! De fazer de conta que está bem Pare de ser o que convém E refinar suas mentiras De dar sua vida por uma ilha Repleta de lobos famintos Correndo as noites do perigo Em seu caminho Flores de sangue E horror Pare! Você não sabe o que contém Na embalagem não dizem Que esse seu voo nas alturas É só um sonho em miniatura Onde prometem a sua alma cor E até conseguem disfarçar a dor Mas são migalhas Não se iluda É um caminho rota de fuga Fuga do que arde em você Pare! Você é só mais um refém Não há mal maior que um homem de bem Não vê em si a armadilha Encarcerado pela hipocrisia Que a tv holofote de ouro Dá um sentido como se não houvesse outro Disfarça o grito que desce o morro É só mais um bandido jovem pobre morto E você aí ignorando o monstro Que se formou no espelho