Quando eu for um astronauta Quero estar de bem comigo Quero dar tantas voltas Ao redor do meu umbigo Sem medo de cair no abismo Girando sobre o precipício Centrado no infinito ambíguo Mirando o céu desconhecido Sem sentir nenhuma falta Nenhuma corda presa no meu cinto Concatenando o que da memória Ainda aflora em busca de sentido Em meu silêncio jamais ouvido Supersõnico silêncio Rasgando a escuridão em inequívocos Pensamentos são quase gritos de tão intensos Tão expressivos a terra e o sol girando num solstício Eu nada esperando nem resistindo Só o que nada sou e nada mais que isso Nada mais preciso Apenas eu O som do início Eu O coração conciso Eu O som do início Eu O coração conciso