Tão logo venha minha nova idade Minha novidade, meu ancestral Pra pouca idade digo mocidade Para seu excesso Morte, funeral E o rosto visto de frente Já não envaidece o meu coração Doçura e a pureza das rugas Que mostram as curvas que dizem não Se a vida é qualquer caminhar De frente pra idade que quero chegar E ela parece cansada demais Adormece sem estar em paz Quando tão velho me sinto óbvio Quando tão óbvio, claro de mais Quanto mais claro, mais novo Na idade o tempo jaz Lá fora a paisagem corre tão devagar Num tiro certeiro que faz o canário voar Que nem da pra ver Que nem da pra ver Que nem da pra ver Quanto tempo é preciso perder pra se ter amor? Se envelheço eu pressinto querer ter vivido o amor Ah, não há quem não saiba perder se apostou Vá idade, mas vai sem correr que eu cá estou Ooh ooh ohh ohh!