Gosto da efervescência, gosto da noite, gosto da culpa E daí se sou assim como você? Igual por ser diferente de mim Gosto da ferrugem noturna e das brumas de água turva Do torto, do avesso E daí se sou assim? Simples como um erro qualquer Gosto do mergulho, gosto do sol e da lua Gosto do dia cinza e do céu aberto E dai se sou assim? Ser pulsante errante eterno cheio de defeitos, cacoetes, e que toma um café Gosto das sarjetas e das limusines, gosto dos rostos e das vitrines vazias, da poeira e do asfalto, gosto do mato ir além andar descalço E quando o vento bate a cara entre um assovio e outro Gosto de me sentir vivo Vivo