Sonho, enfim, erguer um rancho De alma, vida e santa-fé E me pego a imaginar Tua pureza num sorriso E todo amor que preciso Pra quando desencilhar. O mouro sabe o motivo Destas saudades que tenho E sabe porque mantenho As precisões de andejar E porque vivo a rondar Em cada quarto de lua Faces de estrelas xiruas Que lembram o teu olhar. E neste instante, compreendo Na inconstância dos caminhos Que já não sei ser sozinho Que necessito ser teus E aparto sonhos tão meus Pra te entregar, um por um Num mundo feito em comum Inteiro aos cuidados teus. Me vejo chegando ao tranco No mesmo mouro da estrada Tendo tua imagem formada Na certeza de um olhar E me pego a imaginar Tua pureza num sorriso E todo amor que preciso Pra quando desencilhar. Sonho, enfim, erguer um rancho De alma, vida e santa-fé Onde a verdade e a fé Hão de nutrir minha poesia Pra não ser mais nostalgia E não precisar partir Me apaixonando por ti Muito mais a cada dia. E assim deixar os silêncios Que habitam quartos de lua Onde as estrelas xiruas Sabem as saudades que abrigo E os motivos que prossigo Sonhando em sermos só um Num mundo feito em comum Pra viver junto contigo.