Disparou o pampa osco ladeirando o mangueirão Contra o moirão, trompou bem firme que deu cruzada Quebrou a cancela, baita gauchada deste aspa torta Que ainda se corta entre um arame e uma estronca atada Para o serviço, pra dar um costeio neste extraviado E por alçado ganhou o mundo num campo aberto A gauchada fica por conta do capataz Que eu largo atrás, com meu gateado que é tiro certo Foi pé no estribo e a gauchada tudo me olhando E mão soltando um tento atado num doze braças Armada e volta, rodilha e argola pra o céu levanto E lhes garanto que da porteira este boi não passa E era o vento mandando a poeira de encontro a mim Foi bem assim, como lhes conto que deu- se o fato Vinha no laço o pampa osco de aspas enganchadas Que a gauchada, pras tranças justas do Zé Mulato Volteando as pedras, a cuscada alerta faz seu serviço Talvez por isso que este malino não foi por conta Por gauchada, bandeou a sanga baixando a costa Oigalê bosta, num cimbronaço trocou de ponta E era um bordão de guitarra teso, o laço espichado E o meu gateado vinha com a cincha pelo sovaco Foi bem aí, gauchada buena, que ficou feio Sobre os arreios, quando o gateado pisou um buraco Veio a galope, meio arrastado, seguiu tenteando E foi cinchando, e eu vendo a cena de como foi O pampa osco na gauchada e o gateado firme E há quem confirme que ele trouxe sozinho o boi