Gastei lonjuras nas cruzes de um mouro amigo Sede de vento por ser andejo ao meu lado Sei das estradas margens de pedra e espinho Andei sozinho assim me vi sacrificado Fui lua e tropa, constância dos corredores Caminho largo pra quem se faz exilado Sei do destino frente à luz da liberdade Quando a saudade assim me viu sacrificado Quem sabe o verso que nasceu da nostalgia Que andou no mouro caminhante sonho e luz Seja minha'lma que teimou em ser do campo E assim cravada sacrificou-se na cruz Por certo a lua verso claro que fui antes Anoitecendo se perdeu na escuridão Deixou de vir apaixonar-se num sorriso Entre meus braços no colo do coração Depois que fui caminho largo feito tropa E andei sozinho sacrificando-me assim Vim descobrir o porquê do meu verso triste Que andou cismado e aos poucos disse pra mim Pois há no verso a razão maior de sorrir Há no sorriso a razão maior de sonhar Floresce o campo como o sonho em sacrifício É minha alma me pedindo pra voltar