Folia da peste, cultura do desamor No ser tão agreste cultivar o desfavor Fobia se veste com sutura de rancor O ser mão de mestre apregoa o terror Espalhando medo como se fosse paixão Apontando o dedo como fosse a salvação Trazendo o messias no fervor da intenção Cuspindo mentiras e bradando maldição Tua mão amiga estendida para quem? Boca distorcida falando só mal amém E o braço forte expulso por ser pinel Não lhe fez a sorte nem nas cinzas do bordel Folia da peste, fogaréu de uma floresta No óleo que cega o oceano sem modéstia Fobia nos deste com fartura de torpor Até o teu mestre o apoio retirou Não lhe falta claque ensandecida com dragão Ateando fogo num país em construção Qual será teu baque no futuro redentor Com o fim do ódio tu mendigarás amor