Entre vales e montanhas Um pôr do sol colorado Era outono, fim de tarde Galopa em meio do gado O pensamento voa longe Idéias que sonha realizar No longo som de um disparo Ao presente o faz voltar Como uma brasa queimando a sua pele O seu corpo caído ao chão Olha o rancho iluminado Dando lugar a escuridão Sente que o destino fugiu das suas mãos E nada vai poder levar A família, o lar, a vida terá fim, como será? Quando o cavalo espírito vier lhe buscar E nos braços de sua amada Uma lágrima no olhar Em seu ventre, a semente De um novo começar O arreio, o gado e seus cavalos Suas armas e seu laço Tudo vem ao pensamento No calor deste abraço As noites frias, nas montanhas Um quase eterno alvorecer Combinam com esse momento Entre o silêncio e o escurecer