Marcelinho Marinho

Cenário Favela (part. Fabricio Alves)

Marcelinho Marinho


Você me diz ser esperto, por sua conta bancária
Malandro sou eu, sobrevivo na rede precária
Moleque baixada, cria de favela
Pé descalço e o meu quintal sempre foi a viela

Balas que cobrem o cenário
Fazendo o chão de aquarela
Com duas cores primárias
O cinza maldito e o vermelho favela
Parece novela, mas é a realidade
Peço a Deus que um dia transforme essa nossa verdade

Eu sonho com um mundo em que o aviãozinho é só de papel
E que os foguetes são apenas naves indo para o céu
Você diz ser contra, mas com toda pompa
Controla o esquema de dentro do seu apart hotel

Cê vê na TV o gringo visitando e também quer chegar
Posando pra foto e na boca do beco eles querem beijar
Se for preto ou pobre, já sabe que a ordem é sentenciar
Esse preconceito barato estampado, precisa acabar

Favela não quer mais sofrer
Favela não quer mais chorar
Favela precisa vencer
Favela precisa mudar

Então diz pra mim
Quando vão parar de regar o jardim
Das flores que nascem das dores sem fim?

Favela não quer mais sofrer
Favela não quer mais chorar
Favela precisa vencer
Favela precisa mudar

Então diz pra mim
Quando vão parar de regar o jardim
Das flores que nascem das dores sem fim?

Favela não quer mais sofrer
Favela não quer mais chorar
Favela precisa vencer
Favela precisa mudar

Então diz pra mim
Quando vão parar de regar o jardim
Das flores que nascem das dores sem fim?

Então diz pra mim
Quando vão parar de regar o jardim
Das flores que nascem das dores sem fim?

Então diz pra mim
Quando vão parar de regar o jardim
Das flores que nascem das dores sem fim?