Quando resvala por sede Ele se distrai com um gole Que o chão revela e cede E assim o faz sem decoros Vai em busca de sua presa Então quando não satisfeito Desfila aos montes mil vozes Ditames da força de um coro Ele que mais se assemelha A uma ogiva no céu a voar Apanha caças vagantes Que usam campanas, ao “Deus dará” Que agora tem Um oásis com vista pra terra E o mundo afora... Solapa do cimo a ave bandida Que causa partida e agouro E faz da carcaça um tesouro Diante dos que perdem a vida Cumpre a sina o voo da ave Retrato cruel de coragem É terra em sangue arada É terra em transe estancada Silente no vasto sertão