Mão Morta

Horas de Matar

Mão Morta


Hoje sinto-me resmungão como tudo
Mesmo a ressaca da cidade me faz impressão
Pequenas brigas eclodem por todo o lado
Deixando perceber que o mal-estar é geral
Os pelos eriçados como de navalhas
Também pelo meu relógio são
Horas de matar

(Lalalalalalalala)

O clamor começa a multiplicar-se
Com a multidão selvagem
A formar um corpo furioso
Uma máquina demente
Sedenta de sangue

Já a polícia despejava os magotes pelas ruas
Mas não há aparato repressivo
Que sustenha a ira
Das massas embriagadas pelo desespero

Ultrapassado o limite do ultraje
Toda a violência
É legítima autodefesa
Também pelo meu relógio são
Horas de matar

(Lalalalalalalala)

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