Manuel de Almeida

Olhos Fatais

Manuel de Almeida


Que sorte que Deus me deu
Que p’ra sempre hei-de lembrar
Embora não seja ateu
Julguei encontrar o céu
Na expressão do teu olhar

Mas deitaste-me ao deserto
Neste mundo enganador
Hoje o teu olhar incerto
Já não é um livro aberto
Onde eu lia o teu amor

Enganaste os olhos meus
Nunca mais te quero ver
Meus olhos dizem-te adeus
Teus olhos não são dois céus 
São dois infernos a arder

Coração p’ra amar a fundo
Outro coração requer
Se há tanta mulher no mundo
Vou dar este amor profundo
Ao amor doutra mulher

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy