Penso que penso nele A todo instante Intenso, imenso Mais até do que fosse amante Penso no abstrato No trato, no seu tato No fato que só me consome Como há de se consumar um fato Que na vida real não se encontra Se monta, e desmonta E igual nunca houve Ouve sim, o som, e dança Dança sempre que possível, dança E se assim não for, dança E se pouco resta, dança Eis outro bom momento para se dançar Vejo que penso nele Quase nada De leve, mais fraco Bem menos Sinto o meu corpo Em cada passo, quando movo Em cada compasso, algo novo A consumir em mim, pra mim O que na vida real eu expresso Me levanto e canto Como em tantos momentos Ouço sim, o som, e canto Canto sempre que preciso, canto E assim sendo, canto, não calo E se tanto sobra, canto Eis outro bom momento para se cantar