Eu vou jogar um xote Dentro dessa brincadeira Que eu trouxe lá da feira Foi um cego que mandou Pediu-me nunca se esqueça Da rabeca e da sanfona Do baque da zabumba E do maracatu rural Sem ver a cor da pele Traz negritude em alma Escrava de uma calma Que um quilombo libertou Toque, toque, toque Toque, toque, toque, toque Badala no meu peito Um sino forte do agogô Escute esse recado De um amor de meio de feira Que já criou olheiras Na fronte de um cantador Amigo rabequeiro O que é que escondes nesse véu É um desejo e uma vontade De ver a cor da verdade Da esmola do meu chapéu.