Dorme o sol a flor do Chico meio dia Tudo esbarra embriagado de seu lume Dorme ponte Pernambuco, Rio, Bahia Só vigia um ponto negro, o meu ciúme O ciúme lançou sua flecha preta E se viu ferido justo na garganta Quem nem alegre, nem triste, nem poeta Entre Petrolina e Juazeiro canta Velho Chico vens de Minas De onde o oculto do mistério se escondeu Sei que o levas todo em ti, não me ensinas E eu sou só eu, só eu, só eu... Juazeiro nem te lembras desta tarde Petrolina, nem chegaste a perceber Mas na voz que canta tudo ainda arde Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê Tanta gente canta, tanta gente cala Tantas almas esticadas no curtume Sobre toda estrada, sobre toda sala Praia monstruosa a sombra do ciúme.