Numa festa de São Pedro Eu te amei tão de repente Tu chegastes tão contente E num gesto descuidado Tua mão veio ao meu ombro E assim em um segundo Eu deixei tudo no mundo Por um beijo apaixonado Eu te amei perdidamente Como nunca tinha amado Tu ficastes ao meu lado Quase mesmo sem sentir E nas águas do destino Tal e qual um par de cisnes Deslizamos bem felizes À caminho do porvir Hoje escrevo estes versos Num recanto solitário Escutando um canário Repicando docemente Geme triste a pomba rola À oeste de Trindade Um suspiro de saudade De um grande amor ausente Voltarei, anjinho amado Para o nosso doce ninho Sinto sede de um carinho Que só tu pode me dar Muito embora esteja longe Esquecer-te nunca pude Que o Senhor do céu me ajude Pra jamais te abandonar