Lá no bar onde eu vivo A tomar aperitivo Na hora de descansar Queria que você fosse Ver a boneca de doce Que tem para nos despachar É tão meiga, tão mimosa Um botãozinho de rosa Que Deus deixou caminhar... Quando com a gente graceja Enfeita mais que a bandeja Do mostruário do bar Seu nome Quando os fregueses murmuram Parece até que me furam Com flechas o coração... Pois tenho medo Que algum rapaz atrevido Me roube o anjo querido Que eu tenho atrás do balcão E quando Vou para casa sozinho Sonhando pelo caminho Penso loucuras assim: Se eu fosse rico E essa casa fosse minha Essa linda bonequinha Só despachava pra mim.