Na concha onde eu moro, eu moro só E nela eu escuto o canto do mar O canto de minha mãe inaê, Iemanjá O canto de minha mãe Iemanjá No barco de onde eu parto, eu não parto só Comadres em liberdade no fundo do mar Nessas águas cada uma vai se encontrar Nessas águas vou me encontrar O canto que é meu manto desata nó E o coro é o tesouro que veio ofertar A força feminina feita pra sacralizar A força feita pra sacralizar Depois dessa viagem, no cais vou chegar Timoneira da minha vida iá iá Danço no infinito, pra saudar o azul do mar Recebo e agradeço o navegar Volto à minha concha, minha casa, meu lar E trago em maresia coragem pra amar Me cubro de magia pra tecer o meu criar Magia pra tecer o meu criar Na concha onde eu moro, eu moro só E nela eu escuto o canto do mar O canto de minha mãe inaê, Iemanjá O canto de minha mãe Iemanjá