Ai, de dá, ai de dá A ligeira dá canseira Pra quem não saba dançar Ai, de dá, ai de dá A ligeira só é boa Pra quem sabe apreciar Nhem, nhem, nhem Eu dancei uma ligeira Num forró no Ceará De culote e de peneira Porque eu era militar Tinha cara me espiando Pra depois me debochar Inventei um floreado Fiz tanta admiração Que apesar de ser soldado Me chamavam de capitão Quem me deu uma canseira Foi a moça do lugar Fez uns passos na ligeira Querendo me embaraçar Rebatí logo na hora Cum a circunvolução Levantei tanta poeira Que assombrei o pavilhão O meu nome é Zé Pereira Me chamavam furacão Mas eu fiz uma besteira Me menti a namorar Um vintém bateu no outro Fez tirím, tirím, tá, tá Comecei na brincadeira Terminei no pé do altar Sendo chefe de família Sete filhos pra criar Quando garro na ligeira Hoje eu vou mais devagar