Chegou São João É tempo do baque Do baque do bacamarte Que o bacamarteiro tem Vê quantos guerreiros, granadeiros A riúna e a colubrina Aglutina o batalhão Cobrem-se da cor do infinito São vistosos, revoltosos Do começo da Nação Salvas nas ressalvas do passado Chega o cheiro da fumaça Descompassa o seu sofrer Dança e a descansa na lembrança Do que foi a grande guerra Ao lutar no Paraguai Segure a arma, o bacamarte é esta arte De saber fazer um tiro De ilusão e tradição Bacamarteiro, eu quero o coice deste tiro Só assim eu sei que tiro Tanta dor do meu viver Um passo à frente que a mesura apura o grito Carrega o fogo, que tem fogo pra brincar Bacamarteiro, vê se acerta o meu destino Este tino em desatino Sem calibre pra atirar