O tropeiro em cantoria Cavalo fiel ao galope Passeia no pasto farto Homem levanta cedo No preparo das amêndoas costurando o saco cheio Linhagem amarra a boca Quebrando e retirando Deixando cabaças ocas Fazendeiro de pança cheia No ramal montado vai Panacúns com amêndoas doces Caroços tratados e fermentados No sucesso de grande colheita Na roça pinhão sentado De facão junto ao melado No ritual de farta colheita Caroços pelo chão espalhados Na rotina dos quebradores Há sombra de galhos verdes Capataz logo há espreita Vendo a ruma logo se deita No escorrer do mel grosso e branco ] merenda farta e uma fruta doce Cacaueiros brotam e se desfolham Quebrador remexe a imbira Enfia a mão e logo tira O ouro doce na barcaça a solta No matagal ronco de pico de jaca Surucucu logo se espanta Com a coragem dos tropeiros Caipora os burros afugenta Na barcaça o ouro se espalha Pés treinados esparramam Riqueza do ouro doce e branco Deixa rastro de nobreza Pobreza e fama no caminho Caçuá no lombo pesado tomba O sol quente se espalha há sombra Mais tarde caroços já torrados Pro armazém serão levados Coroné já rico se afortuna