Exaltando o meu rio grande Vai meu canto além-fronteira Trago o aroma dos campos Dos galpões e de mangueira Criado em fundão de grota No meio de um sulapão Paro rodeio solito No mas, firmando o garrão Na minha estampa torena Tem a linguagem do galpão E o gene dos ancestrais Me vou firmando o garrão Abri picadas nos matos Pra fugir da evolução Mas o tempo foi mais rápido Me levou num arrastão Mesmo assim não me entrego Eu morro pelo meu chão Sou da pátria do arreio Sigo firmando o garrão Sou de outro tempo, senhores Venho aguentando os tirões Batizado em água de sanga E na fumaça dos galpões Conheço um bom parelheiro Pela sua forma de andar E o homem quando é sério Só pelo jeito de olhar