Quando chego num baile de rancho Que a cordeona começa a se abrir Vou mirando pra porta do quarto Da donde as muchachas costumam sair Vejo fitas em tranças compridas Perfumadas de manjericão Brilhantina e cheiro de extrato Que o velho mascate vendeu no rincão O gaiteiro destampa a cordeona Que se espicha, se encolhe e se dobra No carteio do baile de rancho A mais feia da sala é que sempre me sobra Tiro a poeira da sola da bota No compasso desse vanerão E na voz de fumo e se vamo Parece que entramo pra dentro do chão