Ah, meu Deus mas que saudade Que vontade de chorar E ao meu tempo de menino Quisera poder voltar Que felicidade Tanta liberdade Nada de maldade Compromisso, nem dever Festa de setembro Noites de dezembro Se eu contar tudo que lembro Alguém na certa irá dizer Que foi cafonice Dizer tudo que eu disse Mas veio do peito A vontade de dizer Lembro que papai cantava Enquanto mamãe dançava E toda semana, na casa da madrinha João Da Baiana e o velho Pixinguinha Tocava mais um chorinho Para a gente adulta ouvir E eu ali no meu cantinho Sossegava pra assistir E meu avô e minha avó Minha rua, a brincadeira Meu balão e meu pião Minha alegria de viver Tudo tão distante, tudo tão ausente Mas veio ao presente esse chorinho reviver Tudo tão distante, pois hoje é diferente Mas veio ao presente esse chorinho reviver Que saudade! Que saudade!