Nada vai ficar Perdemos a hora E o passo Embaraçamos as pernas Num fio de desilusão Talvez uma mão Perdida num cais Acenando um adeus Ela era a atriz principal, tantos vestidos, tantas pinturas Ele o malabarista de cacos de vida e riso distante Era a lágrima que caia desmanchando o seu rosto Eram os olhos perdidos num desabar de um instante Nada vai ficar Esquecemos a língua Nada vai ficar Esquecemos o abraço Embaraçamos nosso amor Com os confetes do chão Talvez um senão Um nunca mais Sem acenos: adeus...