Apenas sei que vives na distância Que a vida nos separa e nos resiste Cada manhã que chega é uma infância Mas quando a noite cai, velhice triste Dizem que a esperança serve de alimento Sossega a alma, consola a razão Mas toda a esperança morre num lamento Quando de ti se lembra o coração Não foi Deus quem criou a minha sorte Fui eu quem fiz sem medo meu destino Caminhar devagar e até à morte Rumo ao teu rosto como um peregrino Talvez esta demanda seja em vão Talvez devesse olhar pra outra estrada Mas ai de quem renega o coração Sem a paixão a vida é pó e nada