Luiz Cláudio

Espuma da Cerveja

Luiz Cláudio


Numa boate
Era quase meia noite
Eu fui beber pra esquecer
Quem me esqueceu
Quando ví sentada
Em uma mesa uma mulher
Com um problema
Igual ao meu
Ao meu convite 
Ela sentou-se em minha mesa
Uma cerveja foi o brinde 
A nossa dor
E na espuma que cobria 
Os nossos copos
Um velho amor 
Cedeu lugar
à um novo amor

Espuma da cerveja
Vai acabando aos poucos
Espuma da cerveja
Quase me deixa louco

Porém o dia amanheceu
Ela se foi
Para um lado, para o outro
Eu segui
Nunca mais ela quis 
Saber de mim
Notícias dela
Nunca mais eu consegui
Queria tanto
Encontrá-la novamente
Mas não consigo 
Descobrir onde ela esteja
O nosso amor 
Que nasceu entre dois copos
Morreu depressa
Como a espuma da cerveja