Tem quarto, dona Isolina? A rosa, mas quem diria É pra ver, dona Isolina Então voltou a ser china? E seu amigo brigaram? Brigamos. Me pôs pra rua Cortou-me a carne e as asas E a mim, agora, o que resta Se não voltar pras casas? Tinha quarto para a Rosa No cabaré da Isolina Cama, bidê e bacia Mais a lâmpada azulada Uma flor despetalada Na ponta magra de um fio. Rosa pendura nos pregos Seus restos de amigação Salvados de seus naufrágio De corpo e de coração Suas rendas e seus risos Anéis, berloques de guisos Lembranças de deserança Queimando como tições Vinte anos de cansaços Se estiram sobre o lençol Onde manchas pardacentas São como escarros de sol Nunca digas dessa água Não beberei. Vem o dia E Rosa o vive morrendo Em que um esgoto escorrendo Sabe a puros de cacimba