Eu nasci na serra, à luz do luar Onde o tempo encerra lágrimas de amor Eu vi brotar: Cachoeiras e cascatas No pranto das matas fiz do sertão Rio-Mar Sereia, quando as águas adormecem Seus cabelos tecem o véu da imensidão Barqueiro é meia noite, navegante A serpente errante: Assombração! Um desejo ganha vida: É lenda de pescador Sou capitão de Jangada, meu Senhor Um grito encontrou a madrugada Onde o noite fez morada se encantou Batuque animado na proa Canoa que veio de lá Na beira do rio Saudade das ondas que lembram o mar Sonhou seguindo viagem Onde o medo invade a ilusão Foi virar constelação Pra desaguar um oceano de mistérios Quando o Sol for despertar Eu sou de lá da verde canastra O mar em pleno sertão Velho Chico das águas Sou Alegria! Vilar é paixão!