Nicasio, encomprida os loros Tantinho, quarto de palmo! Que vou sentar os recados Pra tratar esta fina flor Dar baldas pra o corredor Gravando os cascos dos pingos Na estendida dos domingos Que é vicio pra um domador De correr vaca, Nicasio Ajeita a crina da cola Pois até sinto demora Pra ir alcançando a perna Vou cruzar esta primavera Olfateando mais as flores E recordando os amores Que se “quedaram” na espera Me dê licença Que no más, num upa Sento a ossamenta Me dê licença Que no más, a zaina Já me pede riendas Entre os dois pelego preto Ajeita o pala encarnado Mas o bocal bem sovado Deixa que ajeito nos quexo Pois largo a trote, direito À pulperia da vila Saborear umas sangrias Que tanto bem faz ao peito Alcança as rédeas que gosto As finas, chatas ponteadas Que ganhei uma vez passada Quando ajeitei um bragado Vou soltar a trote largo Franja de pala ao vento Ou num galope meia rédea Dando asas pro meu lenço