Os frutos da minha vida vêm chegando um a um Cada rima cada nota em cada canto em comum Vem chegando e vem dizendo Na correnteza do verso no inverso do segredo Do medo nasce o universo Se no ponteio seguro, seguro o braço da viola Seguro no meu semeio a ceia da nova era Os poucos anos de espera, a última primavera Os frutos da nova era vêm chegando um por um Cada bicho, cada fera, tem a espera em comum Vêm chegando e vêm de fora já bem encima da hora No contratempo do verso do inverso do segredo Do medo nasce o universo Se no ponteio preciso, preciso colher os figos Na precisão do relógio do coração dos amigos Seguro do meu semeio do meio da correnteza Eu vou lançando sementes para nascer nos batentes As flores da nova vera dos poucos anos de espera A última primavera O mar vai se rebelar e vai rolar sobre a serra Enquanto a boiada berra enquanto o vaqueiro erra Tem sumidouro profundo que nossa cabeça encerra Aqui na pele do mundo em pleno colo da terra Em pleno solo da terra...