Pane entre o hoje e o amanhã nos movemos e sempre vamos sós com o que temos em nós e da altura de nossos sonhos, um arco-íris e dois olhos tão tristonhos já medimos a vida em gestos e atitudes, queremos beijos, às vezes soam tão rudes; queremos ventos, às vezes são temporais; sentimos dores, e de repente doem mais somos de carne e de tempos sem noção de qualquer tempo que comanda a ilusão; pequenos fios inflexíveis emaranhados do ontem aos nossos planos abortados malogrados, suprimidos, abolidos desistidos, fracassados pelo ralo escorridos eliminados humilhados beijando a lona do tatâme entrando em pane em pane, pane, pane pânico.