A dor que dói também se sangra No peito se faz cicatriz O ódio que mói também se estanca Na carranca da cara do infeliz A arma da indiferença Bate, magoa, faz confusão É o disparo do golpe invisível Um tapa na cara do coração Que bom é abraçar Que bom é pedir perdão Melhor ainda é perdoar É soltar as amarras do coração Entre o alvo e a mira da pistola Apresenta-se a linha do medo É a vida por um triz Dependendo da pressão do dedo Dependendo da lâmina da ira Que afiada faz perder a cabeça É cortar o mal pela raiz Antes que a tragédia aconteça Que bom é abraçar Que bom é pedir perdão Melhor ainda é perdoar É soltar as amarras do coração