Permanentemente preso ao presente O homem na redoma de vidro São raros instantes de alívio e deleite E ele descobre o véu Que esconde o desconhecido É como uma tomada à distância Numa grande angular E é como se nunca tivesse existido dúvida Existido dúvida Evidentemente, a mente é como um baú E a gente decide o que nele guardar Mas a razão prevalece, impõe seus limites E ele se permite esquecer de lembrar Se na cabeça do homem tem um porão Onde moram o instinto e a repressão Me diz aí, o que é que tem no sótão?