Eu ando confuso /já não tenho fuso Perdi minha paz / quando esbarrei No abismo das nuvens /desejo de chuva Esperança de tudo / que sonhei Mas você, força oculta Do mato, segredo Não se deixa ver Quanto mais perto Mais longe parece que estarei De grutas remotas /de sons nunca ouvidos Ecoa no vento / a sua voz Me atrai feito lenda /feito doce fenda A magia que o seu feitiço tem Mas você, deusa viva Da noite estrelada Se esconde entre véus Quanto mais sonho Mais vejo sentido / em te querer Pandeiros de fitas E o toque com força de mãos no tambor Pra te chamar Pois é chegada hora de cantar Pra te chamar Pois o dia começa a clarear Pedindo pra você vir dançar Já não sei em que mar /essa embarcação vai me levar Já não sei quanta luz /precisa surgir pra alumiar