Me pergunto onde é que foi parar a minha fé, a fé, a fé Voltou pra casa a pé e ainda não chegou Espero na janela tento não me preocupar com ela Mas a fé sabe como é que é? Acredita em qualquer um Tudo pra ela é comum, tudo com ela é viável E eu aqui um tanto instável Meio no claro, meio no escuro Tropeço enquanto procuro acreditar Na leveza, na cidade, na beleza que me invade Na bondade dos automóveis Na bondade dos automóveis Enquanto imóveis em suas garagens Me pergunto onde é que foi parar a minha fé, a fé, a fé Nos tratados, nas palavras, nos portões da tua casa Nos transportes coletivos, na pureza das torcidas Gritando seus adjetivos Espero, me quebro, tropeço no escuro E ainda procuro a minha fé