Esta faca prateada, que eu trago atada, na badana da rastra É a prova mais pura, vem junto a cintura Contando histórias de sangue e desgraça Esta faca prateada, que eu trago atada, na badana da rastra Recata histórias, de um tempo brasino De outro teatino. De mãos calejadas Ou ainda outros causos, de um tempo de guerra De uma luta por terra, que se fez presente Tirando a vida sem dar despedida pra um índio inocente Mas que tal Faca querida, proteja minha vida Que te guardo com gosto Tu és a herança de um antepassado Foi dado a regalo, pras mãos deste moço Mas que tal Amiga prateada, de alpaca riscada De tanto entrevero Tu me cuida... Eu te cuido nas voltas da vida Amiga querida de um taura campeiro! Eu te levo comigo, para todo sempre Parceira de campo, prometo que cuido Te lustro e dou fio, não te largo aos cantos Mas quero que me guarde, me cuide e proteja Nas horas de susto, que tu sejas fiel Eu te peço parceira - somente ao meu pulso Quantas “churrasqueadas” tu me acompanhas Na cintura, teu trono. E nesta milonga Eternizo esta dupla a faca e seu dono!