Meu flete qual uma estrela do céu destas invernadas Traz um brilho de boieira nos olhos da madrugada E na cadência do trote a sede dessas estradas Meu flete qual uma estrela do céu dessas invernadas E quando nas ventanias voando as asas do pala Parece até que nem sente essa invernia baguala Se vai tropeando distâncias na ansia que me embuçala E quando nas ventanias voando as asas do pala Ah meu pingo bueno de pexar qualquer torena Traz um tinido que brota das nascentes da chilena E a saudade redomona que faz a estrada pequena Ah meu pingo bueno de pexar qualquer torena Meu flete nessas lonjuras desenha marcas de casco E o sulino “vuella” as crinas deitando as bordas do pasto Sonorizando a cantiga que vem rangindo nos bastos Meu flete nessas lonjuras desenha marcas de casco Ao trotear mascando o freio segredando as pontessuelas Talvez uma campereada dessas em noites sinuelas Quando regalou do céu pra tua testa uma estrela Ao trotear mascando o freio segredando as pontessuelas