Sou Maquiavel, sou Sun-Tzzu e todo exército chinês Traço a estratégia pra vitória e isso não é um jogo de xadrez Mas os peões sempre se fodem e morrem de tanto trabalhar Porque além da sua família, tem um bispo e um rei pra sustentar Deus parece não existir, se existir equeceu de nós A única luz que eles enxergam por aqui são a dos faróis O caos se instalou, o ódio se apresentou pra mim E eu vi que se eu parar agora antecipo o meu fim Nos copos de gim uns se afogam ou são afogados Botecos tem remédios pra dor e sonhos frustrados Só existem dois lado, quem atira e quem leva bala E eu é que não quero ser mais Um Homem Na Estrada Aqui porcos são fardados e cobras tem a língua grande Tentaram foder minha vida, então não vai dar pra ser Gandhi Todos já ficaram cegos, olho por olho é só metáfora A teoria é diferente quando cê vê ela na prática Eu já derramei lágrimas, mas hoje sou Nordeste Cordel é a literatura, Lampião, cabra da peste Cêis querem algo sujo? Então vão buscar no lixo Eu nunca fui de concordar ou de atender ao seus capricho A guerra não foi declarada, mas me declaro guerreiro E eu vim pra incomodar mais que celular de funkero Eu nem preciso de isqueiro pra incêndiar essa porra Babilônia cai sozinha e queima, igualzinho Gomorra Nós somos a arte e eles promovem a guerra Se essa porra é o Apartheid, eu vim pra ser Mandela Uns esperam a justiça divina, outros a do homem, a minha é poética Calando esses arrombado que acha que o rap é só estética Pra gurra eu tô sempre pronto, nem dormir eu consigo Sempre ligado pra não morrer, pique cidadão sírio Black Block eu sempre fui, só olhar a cor da minha pele Nem precisei me manifestar pra eles me bater com cacetete E vão falar que eu sou revoltado, rebelde, exagerado Mas onde cêis tavam quando o mic não tava ligado? Pra falar tem um monte de falador infeliz Vi que se faz mais do que fala, cê menos se contradiz A paz nunca vai vir, então me acostumo com toda essa crise Pra mim barulhos de tiro são vozes dizendo: Take it easy Bebo uma dose de Whisky, porque é loucura tentar viver são E eles se acham gladiadores matando gatos de estimação Meu país é sem noção, da repressão eles são amante E eu me sinto num inferno, isolado, como Dante Meu nome agora é ódio e eu tenho sede de vingança Por acordar diariamente presênciando Ruanda Ninguém me comanda e eu não comando ninguém Aqui Arte da Guerra é um favelado se dar bem E eu tô tipo um construtor, fazendo obras incríveis Derrubo os muros da sua mente e faço Pontes Indestrutíveis