Sou mulher bicho solto de mei de mato Carrego e sinto a imensidão Mulheres livre na linha de frente Eu sinto meu ventre tocar nesse chão Raíz que brota da terra sagrada Cabocla danada Correnteza de águas rasas Luz que arde mas acalma Meu corpo eu pertenço aqui Eu aprendo com mestre e mestra Da minha terra Venho saudar Respeito meus ancestrais que vibram forte E andam junto Pra me ensinar O povo antigo carrego comigo Que vem de longe Pra me guiar Sente o som do verso que não vai passar batido Que é verdadeiro Manancial Sou desse lugar Não posso esquecer Pra saber pisar Tem que saber ver Parahyba eternizada nessa caminhada Bebo dessa fonte e sustento a pisada Fonte que grita o ser mulher forte na caminhada Que juntas ocupamos o poder da nossa mata Descolonize o pensamento Recria tua narrativa Mulher de enfrentamento Porque aqui seguimos vivas Eu aprendo com mestre e mestra Da minha terra Venho saudar Respeito meus ancestrais que vibram forte E andam junto Pra me ensinar O povo antigo carrego comigo Que vem de longe Pra me guiar Sente o som do verso que não vai passar batido que é verdadeiro Manancial Sou mulher bicho solto de mei de mato Sou mulher bicho solto de mei de mato Sou mulher bicho solto de mei de mato Carrego e sinto a imensidão Mulheres livres na linha de frente Mulheres livres na linha de frente Mulheres livres na linha de frente Eu sinto meu ventre tocar nesse chão Eu sinto meu ventre tocar Eu sinto meu ventre tocar Eu sinto meu ventre tocar nesse chão Eu sinto, anayde beiriz Eu sinto, Maria margarida alves Eu sinto, zabé da loca Eu sinto, mestra ana do coco Eu sinto vó mera tocar nesse chão! À todas as mulheres bicho soltos Que tocaram e tocam o chão da parahyba!