É que hoje eu estou tipo cacto, intacto E com amor eu fiz um pacto E se por fora tenho espinhos e posso ferir Por dentro não tem água eu estou vazio Do tipo abiótico inadequado a vivência nesse mundo mórbido, doentio E o pior que essas dores não passam mais com doril Um copo d’água por favor jão, me deem amor, atenção Um abraço mais sincero pra esse mar de ilusão São sentimentos superficiais e seres artificiais industrializados São problemas rotineiros que são manipulados Todo dia logo no início do dia, começa o informativo Oi bom dia, cuidado, hoje na favela teve bala choro e tiro Sentimentos negativos implantados a todo instante Até mais que golpe, eles compartilham ódio, ódio causa mais ibope Impacto montante, alienação de casa em casa tem milhão Na frentes da tv, hipnotizados obedecem o que ver Busco uma saída pra viver, me abraça e me consola, me conforta oh Deus Ei mano aguenta o prumo e me fala em resumo Quanto vale a sua vida? O que viveu o que perdeu ãn? O que aprendeu? Cê quer em cédulas ou moedas? Por esses momentos eles dão qualquer valor E eles querem por favor Sempre mais sempre mais, pra eles tudo tem um preço Nada de sentimental tudo é valor material É isso que cê quer? Então pega Tudo que se busca um dia acha não é a regra? Mas como não achar o que esfregam em nossa testa Vai cabra cega, roda roda roda e se aliena na tal regra É intenso consumo, mergulha nesse mar e vai cada vez mais fundo Nesse mundo tão imundo, busque o que cê sempre quis Mundo artificial felicidade infeliz, felicidade infeliz Busco uma saída pra viver, me abraça e me consola, me conforta oh Deus