É um deserto, sinto algo em mim que quer sair Eu só sei que pra si mesmo não se pode mentir, nem fingir A lágrima caída, achada ou perdida Um homem na estrada recomeça sua vida Aqui, nem tudo é um mar de coisas boas Mas não é pecado algum depender um pouco das pessoas É triste seguir depois que o pai se vai O senhor se foi porque agora eu to pronto pra ser pai Não espere o amanhã pra se acertar com sua nega Já vi manos esperar mil anos e nunca chega To levando meus problemas que não mudam de endereço Vivi meus Dilúvios pra viver meus recomeços Com a minha alma refém, minha casa Febem Tudo que fez sentido foi um rap do Trem No ventre desdém, com a vida aquém E a esperança implorando pra ser Kurt Cobain, (Plow) 10 tsunamis levam tudo quando vem É difícil enxergar, mas o tempo ruim fez bem Faz bem, fez bem Pra confiar em Deus Pra confiar em Deus O tempo vai e vem O mal que me fez bem O tempo vai e vem O amor que me fez bem Me fez bem Décadas após escolher viver sem tê-lo Reivindicou um bem que já não era seu Quis vê-lo Não entendeu que o amor morreu enquanto cresciam pelos em seu rosto hoje adulto Sentimentos mortos Luto oculto Voou Plantou não cultivou Voltou e não encontrou o fruto Por muito tempo puto Vi vultos Do embaraço Externo sorriso eterno Mas por dentro um arregaço E os estilhaços Se incumbiram de cortar os laços Apagar os rastros Nenhum retrato Nada de vestígios Nada de prestígio Formou o abstrato do distrato e do sumiço Filho é compromisso Tipo rap Mas ele não ouvia rap Até ouvir meu rap “lost“ que não tem nada de happy O tempo vai e vem O mal que me fez bem O tempo vai e vem O amor que me fez bem Agora vejo a foto no porta retrato De algum momento que se foi no tempo e espaço Replay não vira pra gente, já era Descartou, caiu, quebrou e ficou só os estilhaços Não sei porque me preocupo com coisas do passado Se o novo encantador gera um futuro fantástico Vejo a vida exigindo que eu seja mais ousado Chegou a hora de brilhar, cansei de ser opaco Duro que nem pedra, assim sem fazer média Maldita quando é lançada a causa da tragédia São poucos que sabem fazer o bom uso dela Eu já senti o amargo e sei como pode ser bela Sabedoria é o que se pode dizer Mal faz o que se fala, não o que se pode comer A quem diga que o tempo cura tudo, mas é muita treta Danificada minha ampulheta O tempo vai e vem O mal que me fez bem O tempo vai e vem O amor que me fez bem