Deixei o meu Rio Grande, minha terra querida Dei a partida e não mais voltei Recordo com saudade o meu querido estado Meu bem amado, eu não te esquecerei Minha querência, meu cavalo estimado O meu gado lá no garastal Gaúcho triste que vive amargurado Meu peito tá magoado e não pode consolar O meu velho berrante também silenciou E não tocou pra chamar a boiada Guardei minha bombacha e bota sanfonada Empoeirada da longa caminhada Aqui distante eu sinto desespero Saudade do gaiteiro e dos baile de galpão Gaúcho triste vaqueiro das colinas Não esquece da China e nem do chimarrão A minha mãezinha meu pai e as crianças Ficou na estancia cuidando a criação Talvez nesse momento por mim estão chorando Talvez rezando pra pedir proteção Mamãe não chore com olhos inocente Brevemente estarei no meu rincão Gaúcho triste que sempre traz a vaso Rio Grande adorado do meu coração