Entro em casas noturnas procurando pela beleza nos corpos Procuro religiões novas para me comunicar com os mortos Depois da primeira vez me deslumbrei, fiquei viciada Procuro beleza no outro, nos prédios, nos fios Nos carros que correm, iluminam as estradas Procuro amor nas pessoas erradas Encontro o amor durante as madrugadas Fantasmas me ligam e não falam nada Eu fujo de casa Entro no carro Viagens noturnas Lourandes na rádio E ao amanhecer volto anestesiada Em silêncio e descalça Não fiz nada errado mas me sinto culpada Não me apego nunca mais Eu não bebo nunca mais Não me importo com o que dizem Eu sou livre, eu sou livre Não converso nunca mais Não me exponho nunca mais Não me importo com o que dizem Não sou triste, não sou triste Não sou Eu não sou triste Não sou, não sou Não sou Não sou Entro em casas felizes com tochas de fogo e sorriso no rosto Odeiam quando eu viralizo porque as pessoas estranham o novo Estranham que eu contestei Que por ser sincera muito conquistei E eu tirei todos do meu caminho porque eu não devo nada a ninguém Manifesto o que quero Tenho vergonha quando me alimento Eu não sei o que as pessoas esperam Quando eu disse que eu não me importo Eu falei sério Não me apego nunca mais Eu não bebo nunca mais Não me importo com o que dizem Eu sou livre, eu sou livre Não converso nunca mais Não me exponho nunca mais Não me importo com o que dizem Não sou triste, não sou (triste)