Há quem faça da ilusão senhora Sem perceber cativo escravizado por ela Recorrendo a charlatões Aguardando o retorno da amada em três dias Para os tais gato preto é azar Passar por baixo de escadas nem pensar O pé de coelho, o talismã e o trevo São indispensáveis prá que a zebra se vá Há quem faça da ilusão senhora Sem perceber cativo escravizado por ela Certos de que três batuques na madeira Podem com sucesso isolar o mal Sem arruda sobre a orelha Pôr os pés na rua, nem pensar Na ponta da língua enfileirado pedidos Aguardam impacientes estrelas cadentes Feio pipa e a cor do seu papel fino Que com beleza encobre a armação A ilusão possui vários vestidos Um prá cada ocasião... Ilusão, ilusão Rituais boçais, arsenal inútil O medo inflamado, a mente em delírios Sintomas de quem se atira em qualquer direção