Sou filho de caboclo, eu moro no sertão Num rancho beira chão que fiz pra mim viver E quando chega a madrugada Escuto a passarada cantando até o amanhecer O dia vem surgindo, no pasto o gado berra Os canários da terra começam a cantar Eu me levanto espreguiçando Na vida matutando e vou pra roça trabalhar A tardinha declina, eu deixo meu roçado Ouvindo o piado de um inhambu chitão O Sol que morre no poente Renasce novamente trazendo a luz de outra manhã A noite os vaga-lumes circulam a campina Beijando a neblina da tarde que passou Quem não contempla a natureza Desconhece a beleza que Deus, o nosso Pai, criou